🤘 Nesta entrevista exclusiva para o Metal Pará, Kalunga compartilha sua visão sobre a evolução do cenário musical, os desafios enfrentados ao longo dos anos e, claro, suas próximas empreitadas dentro desse universo sonoro que tanto amamos. Um bate-papo direto, sem firulas, do jeito que o rock pede!
🤘 Confere aí essa conversa e mergulha nessa jornada com um dos grandes nomes da nossa cena!🤘 Início de Carreira e Influências
01 - Quando
e como você começou a se interessar pela música?
R - Se ouvia muita música em casa nos anos 70,muito por influência dos meus tios. De trilha sonora de novelas, boleros até músicas sacras. Até que minha tia me colocou pra cantar no coral da igreja, em que ela também tinha a função de maestrina.
02 - Quais foram suas maiores influências musicais no início da carreira?
R - De tudo um pouco. O Rock sempre esteve presente, mas ouvia outros estilos, pois aprendi com minhas referências de que não se pode limitar sua visão musical se baseando apenas em um estilo específico de música. Bruce Dickinson (Iron Maiden) já havia dito que existem dois tipos de música: a boa e a ruim. Basta usar o bom senso para enxergar e perceber aquilo que te agrada e inspira.03 - Como era a cena rock/metal em Belém na época em que você começou?
R - Em 1983 o Van Halen e o Kiss pisavam no Brasil pela primeira vez. Foi impactante pra um adolescente de 13 anos ver aquele espetáculo de luz e som. Mas foi durante o Rock In Rio de 1985 foi que eu cheguei a conclusão: é isso que eu quero fazer. Daí não parei mais. A cena Rock em Belém deu um upgrade de novos adeptos do som ALTO e PESADO.
Havia os famosos Bailes de Rock, onde se ouvia não só os medalhões Heavy, como Judas Priest, Saxon, Iron Maiden, mas também o surgimento de uma outra vertente mais radical no Metal capitaneado por Metallica, Venom, Anthrax, Slayer. O que servia de contraponto para bandas do chamado rock farofa (Motley Crue, Bon Jovi, Ratt, Icon).🤘 Trajetória e Mudança para São Paulo01 - O que te levou a sair do Pará e seguir sua carreira em São Paulo?
R - O sonho de desenvolver trabalhos compatíveis com a minha formação musical (eu estudei 4 anos de contrabaixo, teoria e canto no Conservatório Carlos Gomes) e também de dar uma vida digna pra minha família, principalmente para minha filha, que é especial (autista).
02 - Como foi a adaptação na nova cidade e no novo cenário musical?
R - Não foi difícil, pois já tinha estado em São Paulo em 2005, quando eu era parte integrante do The Ways. Registramos nosso primeiro álbum no renomado estúdio MOSH e eu tive um contato com o universo musical e tudo que o cerca. Fiz amizades com músicos de renome, como Albino Infantozzi (ex baterista de Raul Seixas. Inclusive ele nos alugou uma linda bateria DW para a gravação), o próprio dono do estúdio (Oswaldo Malagutti, ex baixista do Pholhas), além de músicos da banda de forró Calcinha Preta, que estavam nos preparativos de gravarem o DVD em Belém.
03 - Quais foram os maiores desafios que você enfrentou nessa mudança?
R - O período da peste chinesa. Sem trabalho e vivendo de doações. Foi muito difícil, mas consegui passar por essa situação com o apoio dos amigos que fiz aqui.
🤘 RockStory Project e Outros Projetos
01 - Como surgiu a ideia do RockStory Project?
R - Começou em 2022,durante um
evento em Itápolis, interior de São Paulo. Numa roda de amigos que também
promoviam o Carnastock..
02 - O que diferencia o RockStory de outras bandas cover?
R - Não coverizamos um artista ou banda em específico. Nós vamos de Chuck Berry até Greta Van Fleet com muita desenvoltura.
03 - Como é o processo de escolha do repertório para cada show?
04 - Além do RockStory, você tem outros projetos musicais em andamento?
R - O foco principal é o Rock Story project, já que temos um álbum de autorais pronto e queremos percorrer o Brasil inteiro, quiçá o mundo. Tenho meus projetos paralelos, onde eu abordo clássicos do Pop, pois existe uma parcela muito grande de apreciadores desse estilo. 🤘
01 - Como você vê a cena rock/metal atualmente no Brasil, tanto em São Paulo quanto no Pará?
R - Os festivais que acontecem aqui em São Paulo mostram que o estilo ainda tem relevância. Mas como um movimento sadio e unido isso inexiste. E não é de hoje.
02 - O que você acredita que poderia fortalecer mais a cena local?R - O RESPEITO.
03 - Existem diferenças claras entre o público do rock no Pará e em São Paulo?
R - Talvez a vibração, a energia do público. Você viu o show do Accept no Botequim? Aquela horda cantando a plenos pulmões os clássicos da banda alemã!? E o surreal show do Iron Maiden, em 2011?
01 - Qual foi o momento mais marcante ou emocionante da sua carreira até agora?
R - Acredito que ainda está por vir, mas a apresentação que fizemos em Minas Gerais, no Extrema Moto Fest, tocando pra 20.000 pessoas e abrindo o show do Bikini Cavadão ainda está na memória. Foi alucinante!!
02 - Existe alguma apresentação ou show que ficou na memória como especial? Por quê?R - Os shows
do Destruction, em 2008 no Hangar 110 em São Paulo e o show do Iron Maiden no
Cidade Folia em 2011. Ver essas lendas que te inspiram todos esses anos,
detonando num palco é motivador.
03 - Já passou por alguma situação inusitada ou engraçada nos palcos?
R - Sim. Durante a apresentação de minha antiga banda (Endless) na finada casa Saudosa Maloca, meu cabelo que era bem comprido, se enroscou na tarraxa do contrabaixo do Sandro Groo, nosso baixista. Um roadie subiu no palco pra desenroscar a cabeleira de boneca velha, ahahahah.🤘 Influências Atuais e Repertório
01 - Quem são os artistas e bandas que você ainda ouve e que te inspiram hoje?
02 - Você pensa em lançar algum material autoral? Se sim, o que podemos esperar?
R - Por enquanto estou focado na Rock Story. Mas se pintar convites futuros eu estarei pronto.
03 - Seu repertório passa por clássicos do rock, mas existe algum estilo ou banda que você ainda gostaria de explorar?
R - Talvez standards de Jazz, que eu aprecio bastante.🤘 Conexão com o Pará
01 - Mesmo em São Paulo, como você mantém suas raízes amazônicas vivas na sua música?
R - Eu não ligo muito pra isso. Prefiro uma visão mais ampla de mundo.
02 - Você ainda acompanha a cena rock/metal paraense? Tem algum nome ou banda local que te chama atenção atualmente?R - Não tenho acompanhado. Mas recebi um convite para gravar uma faixa da banda Glória Perpétua (Have You Forsaken The Cross?) e vi que os rapazes fazem um bom trabalho dentro do estilo que eles se propõem a fazer.
04 - Tem planos de voltar a Belém para apresentações ou projetos futuros?
R - Isso vai depender de certo$ fatore$.
🤘 Vida Pessoal e Inspiração
01 - Além da música, o que mais te inspira ou faz parte do seu dia a dia?
R - A felicidade de minha filha e a companhia de pessoas bem humoradas, inteligentes e respeitosas.
02 - Como você vê a importância da música na sua vida e na vida das pessoas?R - Não só na parte financeira, que é importante pra quem vive de sua arte, mas também de levar alegria e bem-estar para aqueles que querem um momento de lazer e celebração na companhia dos seus, tendo a boa música como trilha sonora dessa celebration day.
03 - Qual mensagem você deixaria para os músicos paraenses que estão começando agora?R - Estude. Estude muito, de forma metódica, dirigida e trabalhada. Abra mão de seus pequenos prazeres (amigos, namoradas, futebol). Não existe êxito sem sacrifícios. Me dizes quem tu ouves que eu te direi como tu tocas. Se organize. Depois que você perceber sua evolução você não vai querer parar mais.
🤘 Futuro e Projetos
01 - Quais são os próximos passos na sua carreira? Alguma novidade que possa compartilhar com a gente?
R - Correr o Brasil divulgando nosso álbum (O Trem de Luz), fazer minha primeira viagem internacional, criar conexões com outros músicos e procurar manter essa chama viva.
03 - O que o público pode esperar do Marcello Kalunga em 2024?
R - Bom, eu não prometo nada, mas entrego tudo que eu aprendi e aprendo nesses 37 anos de estrada.
🤘 Mensagem Final01 - Que mensagem você gostaria de deixar para os fãs do rock/metal do Pará e para a galera do blog Metal Pará?
R - Agradeço a Deus por ter chegado até aqui. Os perrengues que passei me fortaleceu e contribuiu para que eu não me desviasse do objetivo principal, o de obter reconhecimento.
À minha família, em especial a minha saudosa mãe, que nunca temeu pelo meu futuro, pois no fundo ela sabia que eu fazendo o que eu gostava eu obteria sucesso. Ao blog Metal Pará pelo espaço em expor minha trajetória. E a todos que torcem por mim e acreditam no meu potencial, pois essa força é o que me move adiante. Sigam firmes na caminhada, leiam bastante para não serem enganados. Viva o Rock!!
🤘 Ao longo desta entrevista, Marcelo Kalunga nos presenteou com um panorama sincero e direto sobre sua trajetória e a cena rock/metal. Sua paixão pelo gênero vai além da música: é um compromisso de vida, uma luta diária para manter viva a essência do underground.
Seja com sua dedicação incansável à sua banda, seja fomentando espaços para a cena independente, Kalunga prova que o verdadeiro espírito do rock está na resistência, na atitude e na união.🤘 A jornada de Kalunga nos lembra que o rock/metal é muito mais do que um estilo musical – é um movimento, uma cultura que se mantém firme graças a pessoas que não medem esforços para fortalecer essa comunidade. O Metal Pará segue lado a lado com figuras como ele, amplificando vozes, apoiando eventos e garantindo que essa chama nunca se apague.
🤘 Se você curtiu esse papo, compartilhe, divulgue e faça parte dessa rede que luta pelo rock e pelo metal. Nos vemos no próximo show, no próximo bate-papo e, claro, sempre na linha de frente pelo underground! 🤘🔥
Links Relacionados:
Marcelo Kalunga:
- Instagram: @marcelokalungaoficial
- Facebook: Marcelo Kalunga: A Voz do Rock
- YouTube: Marcelo Kalunga Oficial
Projeto Rock Story:
- Instagram: @rockstoryinsta
- Facebook: Projeto Rock Story
- Site oficial: Projeto Rock Story
- YouTube: Projeto Rock Story
Força Kalunga! Que venha o trabalho PROG.
ResponderExcluirObrigado, xará. Muito obrigado pela oportunidade de divulgar minha história na música. Breve nos encontraremos. Fique bem e viva o Rock!!
ResponderExcluir